Menina, aquilo que te aconteceu a ti, apenas acontece a quem tem coração forte: Entregaste-te!
Deste de ti, pele, sorriso e lágrimas. A achares que a retribuição seria uma mão que te protegesse, um olhar que te admirasse. Continuas a questionar-te se foi real?
Menina, a lealdade é diamante raro. E a capacidade de confiar também. Não foste irreal, foste apenas tu, do início ao fim e sem arrependimentos. Sem medo do que sentiste, embora com receio de estar a estar a dar aso a algo sem futuro. Mas tu és princesa das tuas próprias definições: tiraste a coroa por momentos e olhaste-te bem no espelho. Tens o olhar transparente. Não faz mal menina, porque quem por dentro dele entrar só vai encontrar essa força tua fechada num baú de singularidades. E sabes que não é toda a gente que tem chave para abrir esse cadeado.
Entregaste-te sem dor nem mágoa. Digna de mulher que tem o desejo na alma e a vontade de explorar o mundo. Agora decora o teu rosto, volta a polir a coroa e coloca-a de novo. És feita de brilho, não te amedrontes ao mostrá-lo. Num mundo onde tudo se contrói para depois se destruir, de sensações rápidas, tu tens à flor da pele a vontade de quem quer mais, e merece mais, e algo que dure.
Lembras-te quando achavas que não ias respirar mais? Houve continuação depois disso. Já estiveste no meio de vendavais tão duros, que pingas de chuva não te irão incomodar, mas sim... refrescar-te! E depois disso, sairás fresca e solta, a provocares quase sem querer, um esgar de arrependimento a quem te deixou ir embora, mesmo depois de te ter tido a voar no seu jardim.
(Se ele não quis menina, nem sabe ele o que perdeu...)
Imagem: canvas.com
Que texto bonito, gostei tanto de estar dentro desta história.
ResponderEliminarBeijinhos!
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